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Terapias


Terça-feira, 01.03.16

10 coisas que o idoso com Alzheimer gostaria de lhe falar, se pudesse

A terapia ocupacional recomenda algumas posturas para lidar com estas situações e tentar “ouvir” o que idosos nestas condições teriam para nos “dizer”, se pudessem.

1-Você sabe o que me faz sentir seguro, confiante e feliz? Um sorriso.
2- Quando você está tenso e nervoso faz me sentir tenso e nervoso também? Você já pensou nisso?
3- Em lugar de ficar me corrigindo tudo que faço, de um jeito que para mim é perfeitamente normal, mas que para você é completamente amalucado, porque não sorri para mim?Isto vai me ajudar a perceber que fiz algo errado. Eu fico inseguro quando tenho que fazer algo que sai da minha rotina.
4- Por favor, tente entender e lembrar que minha memória imediata, minha memória momentânea, que está se apagando – e não fale tão depressa, fale pausadamente e use frases curtas.
5- Sabe o que vou dizer se você entrar em longas explanações sobre porque eu deveria fazer algo? Eu vou lhe dizer “Não”, porque não consigo saber ao certo se você quer que eu faça alguma coisa de que eu gosto, ou que eu beba um remédio amargo. Assim, por segurança, eu acabarei dizendo “Não”
6- Desacelere. E não se precipite para cima de mim, falando e falando. Já disse antes que gosto de sorrisos?
7- Antes de derramar sua verborragia procure se certificar de que estou prestando atenção em você. Sabe o que acontece se você começa a despejar essa verborragia para cima de mim? Vai me confundir. E eu vou dizer “Não” – esteja certo disso.
8- Minha concentração e capacidade de prestar atenção não são tão boas quanto já foram um dia. Por favor, primeiro faça um contato olho no olho antes de começar a falar. Um sorriso simpático sempre prende minha atenção. Já disse isso antes?
9- Às vezes você fala comigo como se eu fosse uma criança ou um idiota. Como você se sentiria se eu fizesse isso com você? Pare, pense nisso e dê uma volta. E quando voltar, não precisa se desculpar, eu não vou mais me lembrar do que você está falando. Assim nos daremos bem por muito tempo, e provavelmente muito melhor do que pensa.
10- Acho que você fala demais – que tal, em lugar disso, me tomar pela mão e me conduzir. Eu preciso de um guia. de alguém que me transmita segurança e não de uma pessoa a me importunar o tempo todo. Eu não sou maluco. Eu tenho

Nota: Na imagem de capa, o fotógrafo argentino Alejandro Kirchuk, de 24 anos, registrou durante três anos o cotidiano dos seus avós maternos, após descobrir que a avó travava uma batalha contra o Alzheimer.



Ler mais: http://www.psicologiasdobrasil.com.br/10-coisas-que-o-idoso-com-alzheimer-gostaria-de-lhe-falar-se-pudesse/#ixzz3wIr2fW1T

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autoria Sandra P. às 09:47

Sexta-feira, 22.01.16

Terapia Eletro-Convulsiva

Quando se menciona "Eletrochoque”, muitos relembram de imediato o filme “Voando sobre um ninho de cucos” de Milos Forman, de 1975, e sobretudo o personagem superiormente interpretado por Jack Nicholson, sucessivamente castigado pela sua irreverência e inconformidade pela sádica enfermeira Mildred Ratched (Louise Fletcher).

Mesmo para quem não leu o romance original de Ken Kesey, escrito em 1962, ou viu o filme de Forman, a ideia de eletrochoque remete para uma forma bárbara e antiga de intervenção psiquiátrica com uma simbologia mais associada a castigo e submissão do que a uma forma de tratamento.

A narrativa antipsiquiátrica dos anos 60 contida no romance de Ken Kesey e no filme de Milos Forman casava perfeitamente com o ideário filosófico deSzasz e Foucault que consideravam a psiquiatria como uma pseudociência ao serviço do controlo social do pensamento, do comportamento e da liberdade de pessoas que expressassem a sua diferença e rebeldia face aos poderes dominantes. O electrochoque seria assim o meio exemplar dessa finalidade repressiva e primitiva.

Por estar razões, a Psiquiatria, durante mais de duas décadas, abandonou ou, pelo menos, foi envergonhadamente escondendo esta intervenção por Electroconvulsivoterapia. Assim, muitos milhares de doentes viram-se privados de um tratamento muito seguro e eficaz, com indicação para formas muito severas de doença mental que na maioria dos casos não têm outras alternativas terapêuticas.

Hoje, a Electroconvulsivoterapia, praticada em meio hospitalar, sob anestesia, e num contexto de “Sala Cirúrgica”, nada tem de bárbaro, permite uma melhoria acentuada e rápida dos doentes deprimidos mais graves, de doentes com esquizofrenia ou depressão catatónica e é, seguramente, o melhor tratamento para todos aqueles com intenção suicidária incoercível.

Comparando com outras intervenções médicas, de grande valor diagnóstico e/ou terapêutico, a Electroconvulsivoterapia é um ato menos cruento e de menor risco que uma Broncoscopia ou uma Colonoscopia. No entanto, como se explicitou atrás, a “carga estigmatizada” sempre associada à doença mental e à psiquiatria quase extinguiu este tratamento das opções para os doentes com as mais severas formas de sofrimento mental durante demasiado tempo.

Quando hoje indico alguém para Electroconvulsivoterapia, proponho ao próprio e à família que consultem a informação disponível na Internet, para além, obviamente, das explicações que dou e do direito à consulta de uma segunda opinião, fundamentado-se assim o consentimento informado para a intervenção.

Parece-me, assim, importante contribuir para reabilitar publicamente este “velho” tratamento introduzido pelos italianos Ugo Cerletti e Lucio Bini nos anos 30. Se ninguém contesta o valor salvador da corrente elétrica de alta intensidade no tórax para reverter uma paragem cardíaca que pode trazer uma pessoa da morte eminente à vida, porquê contestar o valor salvador de corrente eléctrica de baixa intensidade, sob anestesia, no crânio, que possa salvar a vida de um doente com intenção suicida.

Garantidamente a Electroconvulsivoterapia não muda personalidades nem “amolece” pessoas. Na pior das hipóteses pode deixar a pessoa com as suas capacidades de memória diminuídas temporariamente. Mas este efeito adverso é, afinal, um preço baixo a pagar face ao benefício que estes tratamentos trazem.

Na verdade, o “reset” restaurador do ambiente electrofisiológico cerebral que a electroconvulsivoterapia produz e que constitui o seu mecanismo de ação terapêutico não deverá ser questionado só porque ainda hoje alguns países indevidamente autorizam o uso pelas suas polícias, de eléctrodos semelhantes aos dos aparelhos de eletrochoques, nos músculos periféricos, para provocar dores nos prisioneiros que torturaram.

Aprendemos com Guantanamo que a água que necessitamos para viver é também a forma mais eficaz de tortura. Certamente não deixaremos de beber água.

 

http://visao.sapo.pt/opiniao/bolsa-de-especialistas/2015-12-27-Electro-convulsivo-terapia-Um-velho-tratamento-reabilitado

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autoria Sandra P. às 08:01

Segunda-feira, 27.04.15

Rótulos???

 

Bom dia, bom dia!!

Bem deparei-me com este vídeo e resolvi partilhar, está realmente muito bem concebido.

A ideia principal é parar com os rótulos que se criam junto dos problemas de saúde mental... O estigma é ainda muito..

Para quando uma sociedade mais compreensiva? Vamos parar de rotular?

#FicaaDica

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autoria Sandra P. às 08:34

Terça-feira, 14.04.15

Deprimidos nós??

 

A Ordem dos Psicólogos alertou ontém para o facto de em Portugal se venderam mais de 23000 embalagens de medicamentos antidepressivos por dia.

Este valor é demasiado elevado e o fator Crise Económica em Portugal contribui em muito para isto MAS  a depressão não ocorre só em momentos díceis como este da crise económico ou numa situação de luto. A depressão também aparece por vezes em situações de felicidade com um parto ou a entrada no ensino superior e não isso não se deve à perda de vontade de ter esse filho como muitas pessoas julgam e mal...

Infelizmente tenho alguns casos na familia de depressões, algumas devido a situações de luto, outras devido a conjugação de problemas familiares com problemas de baixa auto-estima, outras devido a questões laborais (sim hoje em dia o mercado de trabalho obriga-nos a andar num ritmo frenético), enfim assim se vê a heterogeneidade da doença. Posso confidenciar que na altura em que houve o primeiro caso assumido da doença na familia, há já mais de dez anos, ainda eu não tinha decidido enveredar pela psicologia, tive familiares a acusar a doente de ser uma preguiçosa, de gostar de se fazer de coitadinha, enfim  estigmatizaram-na e sem qualquer razão. Há cerca de um ano surgiu um novo caso na familia e aí uma familiar até comentou o quão rrada tinha sido com a outra...

Recentemente foi diagnosticado a um familiar próximo um quadro depressivo e o mesmo negou-o, inicialmente não querendo procurar ajuda médica e posteriormente não querendo tomar a medicação. Atualmente encontra-se estabilizado mas graças á ajuda do seu psiquiatra e do terapeuta até porque a medicação sozinha não leva a uma cura pois são necessárias estratágias para ULTRAPASSAR esta fase. 

E agora para estarmos atentos e ajudar alguém que gostemos deixo aqui os diferentes sintomas característicos da depressão:

  • Humor depressivo ou irritabilidade, ansiedade e angústia (existem alguns casos em que as pessoas se tornam mais agressivas/implicativas)
  • Desânimo, cansaço fácil, necessidade de maior esforço para fazer as coisas
  • Diminuição ou incapacidade de sentir alegria e prazer em atividades anteriormente consideradas agradáveis
  • Desinteresse, falta de motivação e apatia
  • Falta de vontade e indecisão
  • Sentimentos de medo, insegurança, desesperança, desespero, desamparo e vazio
  • Pessimismo, ideias frequentes e desproporcionais de culpa, baixa autoestima, sensação de falta de sentido na vida, inutilidade, ruína, fracasso, doença ou morte
  • A pessoa pode desejar morrer, planejar uma forma de morrer ou tentar suicídio
  • Dificuldade de concentração, raciocínio mais lento e esquecimento
  • Diminuição do desempenho sexual e da libido
  • Perda ou aumento do apetite e do peso
  • Insônia, despertar matinal precoce, ou, menos frequentemente, aumento do sono 
  • Dores e outros sintomas físicos não justificados por problemas médicos, como dores de barriga, má digestão, azia, diarreia, constipação, flatulência, tensão na nuca e nos ombros, dor de cabeça ou no corpo, sensação de corpo pesado ou de pressão no peito, entre outros.

Estejam atentos! Ajudem pelo menos aquelas pessoas mais próximas...

 

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autoria Sandra P. às 14:48


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