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Aquela tristeza arrebatadora, que parece muito maior do que os próprios problemas pelos quais a pessoa está passando, é um sinal de que você pode estar com depressão. Mas não é sempre assim. “O que muita gente não sabe é que podemos ter depressão sem tristeza”, diz o professor especialista Miguel Roberto Jorge.
Um desânimo profundo, devastador, especialmente com coisas que a pessoa costumava gostar de fazer ou fazia sem grandes dificuldades, também pode ser indicativo de que algo está errado. “Quando pensamos em depressão, no mínimo uma dessas duas coisas está presente: uma tristeza absoluta sem motivo ou desproporcional ao ocorrido ou um desânimo acentuado, a perda do prazer”, diz Miguel.
Segundo Miguel, sintomas depressivos não são necessariamente depressão. “Mas se a pessoa está com uma tristeza profunda ou muito desânimo, a variação na relação com a fome ou com o sono podem ser um indicativo da doença”.
Você pode não sentir nenhum apetite. Ou, por estar ansioso, fica com ainda mais fome. “Com o sono, o mais comum é a dificuldade para pegar ou manter o sono, não só uma noite, mas com frequência. Por outro lado pode acontecer da pessoa ter uma hipersonolência”, diz o professor. Isso varia de pessoa para a pessoa, mas o que vai chamar atenção é uma mudança brusca nos seus hábitos.
O professor ainda acrescenta que perda de concentração, problemas de memória e uma sensação de que você está mais lento que de costume são outros indicativos possíveis.
“Cada pessoa tem uma história e é preciso prestar a atenção a cada uma delas para estabelecer uma estratégia de como cuidar, algo que não seja apenas prescrever um remédio”, diz Miguel. Mas se o indicado for tomar remédios, não há nada de errado com isso se for o melhor para você.
“Há um conjunto de fatores onde a genética tem um peso importante, em famílias de pessoas deprimidas a probabilidade de se ter a doença é muito maior, mas também se reconhece fatores sócio-ambientais. Ao longo da vida, a pessoa passa por experiências que podem a afastar ou aproximar da depressão”, diz o professor.
Consulte sempre um médico para avaliar questões acerca da sua saúde e bem-estar. As postagens do BuzzFeed são feitas com o propósito de informar e não substituem um diagnóstico médico, os tratamentos prescritos ou o aconselhamento de um profissional de saúde. Acesse a publicação original aqui.
A depressão é uma doença que afecta milhares de pessoas em todo o mundo. Um problema difícil de gerir, tanto para o doente como também para as pessoas à sua volta. Muitas vezes, familiares e amigos não sabem o que devem, ou não, dizer para facilitar a vida destas pessoas.
A psiquiatra Jean Kim dá-lhe algumas dicas daquilo que não deve mesmo dizer, se quiser ajudar alguém com depressão:
1. “Por que não fazes qualquer coisa para ultrapassar isso?”
Dizer a uma pessoa deprimida para fazer alguma coisa para ultrapassar a doença pode ser algo instintivo, mas não é uma boa ideia. Isto pode fazer com que o indivíduo se sinta ainda mais desesperado. A verdade é que aquilo que estas pessoas mais querem é não se sentirem deprimidas e ultrapassarem esta fase, mas não é fácil.
Opte antes por palavras de encorajamento. Lembre-se que sua a auto-estima e energia estão muito em baixo e que, no caso de uma depressão grave, estas pessoas não conseguem sequer controlar os seus comportamentos.
2. “Por que não consegues ser feliz?”
Todas as pessoas querem ser felizes, e aquelas que sofrem de depressão não são excepção. A única questão é que estas pessoas só conseguem concentrar-se no lado negativo das coisas e na sua tristeza. Isto não é algo que se consiga reparar rapidamente. Exige tempo e terapia. Consultar um psicólogo ou psiquiatra pode ajudar os indivíduos com depressão a olhar para o mundo e a auto-analisarem-se de uma maneira mais equilibrada. Estar constantemente a pedir a estes indivíduos para serem felizes, ou para olharem para o lado bom da vida, só vai fazer com se sintam mais tristes e perdidas.
3. “Mantém-te longe de terapias e medicamentos”
O estigma associado aos psicólogos e aos psiquiatras faz com que muitas pessoas com depressão não peçam ajuda. Muitos receiam ou têm vergonha de falar dos seus problemas pessoais com estranhos. No caso dos medicamentos, há quem tenha medo dos efeitos secundários, ou de perderem o controlo de si. Se quer o melhor para um amigo ou familiar com depressão, convença-o a falar com um especialista. Já foi comprovado que um acompanhamento especializado e, por vezes, alguma medicação ajudam as pessoas a ultrapassar esta doença.
4. “Também não estás assim tão mal!”
Ter uma depressão pode ser tão mau como estar num campo de refugiados a morrer à fome. Mas isso não quer dizer que a pessoa não esteja em sofrimento, independentemente de ser uma depressão grave ou ligeira.
Tente compreender o sofrimento do seu familiar ou amigo e não o compare com outras tragédias no mundo. Demonstre empatia e compaixão pelo seu sofrimento.
Ler em :http://sol.pt/noticia/404192
A Ordem dos Psicólogos alertou ontém para o facto de em Portugal se venderam mais de 23000 embalagens de medicamentos antidepressivos por dia.
Este valor é demasiado elevado e o fator Crise Económica em Portugal contribui em muito para isto MAS a depressão não ocorre só em momentos díceis como este da crise económico ou numa situação de luto. A depressão também aparece por vezes em situações de felicidade com um parto ou a entrada no ensino superior e não isso não se deve à perda de vontade de ter esse filho como muitas pessoas julgam e mal...
Infelizmente tenho alguns casos na familia de depressões, algumas devido a situações de luto, outras devido a conjugação de problemas familiares com problemas de baixa auto-estima, outras devido a questões laborais (sim hoje em dia o mercado de trabalho obriga-nos a andar num ritmo frenético), enfim assim se vê a heterogeneidade da doença. Posso confidenciar que na altura em que houve o primeiro caso assumido da doença na familia, há já mais de dez anos, ainda eu não tinha decidido enveredar pela psicologia, tive familiares a acusar a doente de ser uma preguiçosa, de gostar de se fazer de coitadinha, enfim estigmatizaram-na e sem qualquer razão. Há cerca de um ano surgiu um novo caso na familia e aí uma familiar até comentou o quão rrada tinha sido com a outra...
Recentemente foi diagnosticado a um familiar próximo um quadro depressivo e o mesmo negou-o, inicialmente não querendo procurar ajuda médica e posteriormente não querendo tomar a medicação. Atualmente encontra-se estabilizado mas graças á ajuda do seu psiquiatra e do terapeuta até porque a medicação sozinha não leva a uma cura pois são necessárias estratágias para ULTRAPASSAR esta fase.
E agora para estarmos atentos e ajudar alguém que gostemos deixo aqui os diferentes sintomas característicos da depressão:
Estejam atentos! Ajudem pelo menos aquelas pessoas mais próximas...
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