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Terapias


Quinta-feira, 14.01.16

2016 SERÁ O ANO DIRETO

Sendo assim e proveitando a conjuntura, aqui fica um só prognóstico.

2016 será o ano do direto. Mais do que o ano, será o verdadeiro início da era das transmissões em direto. De todos para todos. Já havíamos passado de espectadores a curadores. Vamos passar de curadores a realizadores.

E como vamos fazê-lo? Com vídeo e num smartphone, claro está. Já tínhamos passado da palavra à imagem e, posteriormente, da imagem ao video. Agora vamos passar do video ao direto.

Com que objetivo? Ir da memória à experiência. De uma forma ou de outra é isso que procuramos constantemente. Quando lemos um livro, quando vemos um filme ou mesmo o noticiário, procuramos essa sensação profunda e empática que nos coloca no enredo como se fizéssemos parte integrante da história, porque é quando sentimos a história que melhor a compreendemos e verdadeiramente a vivemos.

The ultimate reality show is reality itself.

Claro que o cinema é bigger than life mas há algo na realidade que nos atrai. Talvez a sua pequenez nos faça sentir mais próximos. E aqui vamos nós mas agora sem freios, sem game shows, sem apresentadores nem regras, sem direitos de autor ou viabilidade para censuras.

A literatura, o cinema, o teatro e a televisão abriram-nos o mundo para lá da nossa realidade mas não precisamos de nos ficar, nem pela ficção, nem pelo simulacro da realidade. Agora vamos poder mergulhar na realidade dos outros. Sim, eu sei que, tal como no Facebook, a realidade que nos mostram nem sempre é “A” realidade mas o conceito é, ainda assim, fascinante.

A forma de lhe dar vida está encontrada e chama-se Periscope, ou Meerkat ou My Eye ou Firetalk ou até Livestream. A melhor é a Periscope, uma app, criada pela equipa do Twitter (ou melhor comprada e finalizada pelo Twitter) e que permite a qualquer pessoa transmitir em direto o que quiser, quando quiser.. Um deles há de vingar.

O que permitiu ao Periscope ganhar o prémio de melhor App 2015 da Apple Store? A flexibilidade e simplicidade com que se pode saltar entre a irrelevância de videos caseiros, teenagers a tirarem partido dos seus 5 minutos de fama até ver um jogo do Real Madrid vs Barcelona ou seguir um reporter de guerra.

O que será o maior obstáculo do Periscope? Não ficar demasiado agarrado ao Twitter. Até agora isso não tem ajudado. Apesar de já estar a funcionar desde Maio, o Periscope, só tem alguma relevância nos EUA, Russia, Dubai, India e Brasil e mesmo nestes países com uma dimensão ainda embrionária e sem todas as suas potencialidades exploradas. Hoje em dia, a app está cheia de frivolidades e pequenos nichos de interesse, to say the least mas, como sabemos, isto das redes sociais não vai lá com nichos.

As marcas, o marketing e a publicidade, quer queiramos quer não, estão sempre um passo (ou dois) atrás da realidade e neste caso não é diferente. Ainda andam a tentar saber o que fazer no Instagram e no Facebook e o mundo arranca já para um novo desafio! O certo é que elas têm de estar, viver e ser vistas onde estão os seus consumidores. As marcas têm de estar ao seu lado e à sua frente ao mesmo tempo. Acompanhar e liderar. As que souberem tirar partido dos directos, as que melhor o souberem fazer ou ajudar a fazer a curadoria de uma parte da vida dos seus consumidores são as que se manterão mais ligadas e mais relevantes.

Este é só o mais recente desafio para as marcas e vai durar bem para lá do final do ano.

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autoria Sandra P. às 08:07

Terça-feira, 12.01.16

2016: SECTORES EM DESTAQUE

É verdade que empresas de Executive Search, como a Amrop, são um barómetro para o mercado. Porquê? Porque assim que as empresas voltam a sentir mais confiança e recebem leituras de recuperação económica, voltam a investir e, naturalmente, o recrutamento é uma das áreas privilegiadas.

Chegados a esta fase do ano é natural que se façam os mais variados balanços. Algo que várias vezes origina a tomada de medidas para a efectivação de uma mudança profissional. Assim, para além de olhar para o que aconteceu será importante tentar antecipar o que vai acontecer. É com esta premissa que hoje escrevo sobre os sectores que são apontados como potencialmente os mais prósperos.

Tendo por base outlooks macroeconómicos e sectoriais pode-se concluir que o próximo ano será mais um passo em frente na retoma iniciada em 2013. Desde então o crescimento do número de empregados na União Europeia, até meados de 2015, era de 2,8% (informação retirada doEuropean Economic Forecast – Winter 2015). Continuando na Europa, os sectores que mais devem crescer são: tecnológico, saúde e indústria farmacêutica, industrial, financeiro. Contudo, essa poderá não ser exactamente a realidade em Portugal, sobretudo em relação às duas últimas áreas.

 

Portugal: visão para 2016

O próximo ano é apontado, quase por unanimidade, como um ano de crescimento em Portugal. Os indicadores económicos dão essa esperança e o próprio governo está a tomar medidas nesse sentido, pois acredita que a melhor fórmula para a retoma é a de estimular o consumo.

Por esta razão, o sector do grande consumo e retalho deverá manter a dinâmica de crescimento e, consequentemente, de recrutamento que tem vindo a demonstrar nestes últimos dois anos. Nesta área vamos continuar a assistir às multinacionais a recrutar jovens talentos em Portugal, para posteriormente exportar muitos dos mesmos. Contudo, algumas empresas, sobretudo portuguesas, já têm capacidade de atrair algum deste talento que optou pela expatriação (como forma de evolução profissional) e que agora traz consigo outro tipo de práticas e experiências. Para além disso temos ainda alguns grandes grupos portugueses a apostarem na internacionalização, o que favorece o crescimento destas empresas, levando-as a recrutar.

Outro sector, que está relacionado com o anterior, e que tem estado em franco desenvolvimento é o do Turismo; composto por novos e velhosplayers que actuam na mesma arena, cada vez mais polarizada. Portugal está claramente na moda e esta área tem provado ser uma óptima alternativa para muitos gestores que viram “desaparecer” as suas posições ou que simplesmente procuravam mudar de vida. Este sector conta por isso com uma dinâmica muito atraente, até por estar focado em temas positivos e de bem-estar, aos quais muitos profissionais gostam de estar ligados.

Por outro lado, e como consequência de várias alterações que tem sofrido, temos o sector da saúde (grupos de saúde) e indústria farmacêutica, onde encontramos empresas e organizações que se têm adaptado ao novo paradigma de negócio, mas que para tal têm necessitado de pessoas com perfis diferentes. Estas mudanças vão continuar, pois na área da saúde assistimos a fortes investimentos estrangeiros (e não só) e na indústria farmacêutica verificamos que as grandes empresas estão activas em fusões, aquisições e reestruturações, com o objectivo de irem buscar conhecimento, patentes e novas moléculas. Este mercado está a bipolarizar-se entre empresas que se focam mais na área hospitalar (desenvolvendo medicamentos para doenças tendencialmente mais graves, crónicas e de nicho) e as empresas com foco em genéricos. Dai os modelos de negócio terem mudado substancialmente nos últimos anos, o que torna as empresas de hoje tão diferentes das do início do século.

 

Sector tecnológico em maior destaque

Mas é o sector tecnológico que mais promete, pois este será certamente o ano decisivo para muitas empresas que até à data estiveram a incubar ou que são start-ups muitos recentes. Este ano teremos em Portugal, pela primeira vez, um dos grandes eventos a nível mundial, o Web Summit. Um acontecimento muito interessante, não apenas pela quantidade e qualidade das pessoas que atrai, mas sobretudo por proporcionar oportunidades aos profissionais que melhor se prepararem para interagir com os gurus e empresas presentes no evento.

Assistimos ainda a um consistente movimento de internacionalização das mais proeminentes empresas deste sector. É estimulante verificar que, independentemente de serem pequenas ou grandes, e dado terem o mesmo objectivo, têm desenvolvido um maior espírito de cooperação, abandonando a típica e castradora atitude portuguesa de cada um por si.

Existe ainda a área de serviços, sinérgica e complementar à tecnológica, e que tem conseguido desenvolver-se de forma promissora, tanto a nível nacional como internacional. Estas empresas, apesar de serem em alguns casos transversais a diferentes sectores, acabam por ter sobretudo uma base tecnológica. Aqui temos vários exemplos de empresas de consultoria, projecto e/ou de implementação que estão a crescer, dado o seu foco em áreas que localmente são um nicho mas que globalmente tornam-se muito atractivas e rentáveis.

Quer as empresas tecnológicas, quer as de serviço, têm conseguido recrutar jovens recém-licenciados, com formações bem distintas, e atrair profissionais de outros sectores. Esta atractividade acontece não só pelos desafios e carreiras que oferecem no imediato, mas também por já se ter percebido que o futuro em (quase) tudo passa pelo melhor e mais frequente uso da tecnologia. Como exemplo posso referir a área FinTech,que reflecte a grande transformação que está a acontecer no sector financeiro e que tem como principal força motriz a tecnologia. Engloba-se aqui, por exemplo, não só a transição para o online, mas também toda a questão dos modos de pagamento, nomeadamente com a entrada daswallets, moedas virtuais e transferências P2P (peer-to-peer).

Termino desejando a todos um óptimo 2016, e que este seja o ano onde possam concretizar os vossos projectos profissionais.

 

http://visao.sapo.pt/opiniao/bolsa-de-especialistas/2016-01-03-2016-sectores-em-destaque

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autoria Sandra P. às 08:21


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