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Terapias



Segunda-feira, 23.03.15

Hiperatividade

A PHDA (Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção) afecta cerca de 5 a 8% das crianças em idade escolar...

Deixo-vos aqui os sintomas obridos neste site, super credivel http://www.clubephda.pt/Section/Perguntas+frequentes/O+que+%C3%A9+a+PHDA%3f/1601 

As crianças com PHDA têm alguns dos sintomas indicados a seguir, podendo haver apenas défice de atenção sem hiperatividade:

- Défice de atenção: dificuldade em regular a atenção, ou seja, em permanecer atento aos estímulos que interessam e ignorar os que não interessam. As queixas típicas são a relutância em iniciar atividades que requerem concentração, interrupções frequentes, demora em concluir as tarefas e a desorganização. A dificuldade de concentração pode não ser evidente em atividades com ecrã e ação (como a televisão e os videojogos), acentuando-se nas atividades mais monótonas e menos motivantes.

- Hiperatividade: atividade motora excessiva em relação ao que era esperado para a idade; dificuldade em permanecer sentado, sossegado ou calado quando é necessário; necessidade de estar sempre em movimento ou a fazer alguma coisa. A hiperatividade não está presente em todas as crianças e diminui na adolescência.

- Impulsividade: dificuldade no controlo dos impulsos, em esperar sua a vez, passagem rápida ao ato sem antecipar as consequências. Estas características traduzem desafios nas funções de auto-regulação.

 

Estes sintomas são por vezes referidos como "preguiça", "falta de empenho" ou "imaturidade" da criança.

Atualmente trabalho com alguns hiperativos e confirmo muito do que aqui foi dito, e a propósito deste tema li hoje este artigo com o qual concordo muito do Dr. Gomes Pedro, pediatra com 50 anos de carreira, aliás recomendo a leitura do mesmo.

 

"Para Gomes Pedro, que aprendeu e começou a prática clínica centrada no diagnóstico das doenças, hoje é fundamental estabelecer precocemente uma relação entre o pediatra, os pais e o bebé, preparando-os para as várias fases do desenvolvimento expectáveis e acompanhando-os nos problemas que daí possam advir.

É o que se passa com a Hiperatividade e o Défice de Atenção (PHDA): "Estas doenças e expressões aparecem porque o pessoal de saúde está mais sensível, mais atento às perturbações de comportamento do que há uns anos atrás". Gomes Pedro adverte, no entanto, que esse olhar, o começar a olhar para o comportamento, leva, como risco na intervenção dos profissionais, a considerarem quase matematicamente: "o menino está muito ativo, está hiperativo". "A professora queixa-se de que está ativo, "é uma síndroma de Attention deficit hyperactivity disease", a professora diz "leve ao seu médico", e os médicos que não estejam ainda bem formados, bem alicerçados no que é o comportamento normal do que é um sinal de risco no comportamento, receitam o metilfenidato" (fármaco para tratamento da PHDA), acrescenta.

Isto comporta o "risco de se usar sistematicamente substâncias farmacológicas quando não há hiperatividade nenhuma", pois "a atividade que vemos, por exemplo, num gabinete, é própria de uma criança com três, quatro ou cinco anos, que gosta de explorar e que, mais do que normal, é desejável", sublinha.

Segundo o pediatra, "é muito frequente os pais chegarem com uma criança com três anos e a dizer "ela deve ter hiperatividade e precisa de ser tratada".

O que acontece é que as pessoas estão mais despertas, o que comporta outros riscos: a hiperatividade e o défice de atenção hoje está, por um lado, sobrediagnosticado, e por outro, mal diagnosticado, o que significa que há crianças que tomam o metilfenidato sem precisarem e outras que precisariam e não o tomam.

 "A moral da história" é que é preciso garantir que não se deixa de diagnosticar uma hiperatividade e défice de atenção, que é facilmente corrigida farmacologicamente, mas que também não se começa a usar drogas quando não é necessário. Não é que a medicação tenha muitos riscos, salienta, mas "um princípio fundamental na medicina é tratar quando é preciso e hoje a implicação de tratar não é só medicamentosa, mas é o acompanhar".

A grande questão é que não existem ainda meios para garantir um diagnóstico exato da PHDA. "Não há propriamente um meio tão concreto como fazer uma análise para ver se há uma infeção, uma apendicite. A gente vê que há uma alteração dos glóbulos brancos, que mesmo que não se palpe conveniente uma barriga para fazer o diagnóstico, há uma análise concreta que nos diz "há infeção nesta criança"".

No domínio do comportamento, no chamado modelo relacional, isso não é tão fácil, pois embora haja testes, como o Conners e outros, que dão pistas para que se possa estar perante uma PHDA, é preciso que o pediatra -- "deve ser ele a tomar conta destas crianças - tenha experiencia e tenha competência para distinguir entre essa perturbação e uma atividade normal".

"É que é `hiperativa` toda a criança pequena, nomeadamente a criança que entra para o jardim-de-infância", e é preciso ter isso bem presente e "não hiperdiagnosticar síndromas de défice de atenção que obrigam imediatamente a medicar". 


Ler mais: http://visao.sapo.pt/hiperatividade-esta-mal-diagnosticada-em-portugal-diz-especialista=f814206#ixzz3VDVZTHGe

 

Estas sábias palavras fazem tanto SENTIDO, semanalmente recebo reclamações por parte de pais e professores de que o menino deve ser Hiperativo e que devia estar medicado, aliás alguns até os medicam e depois recebem efeitos contrários e ficam surpreendidos... Porque será? É porque a criança não necessita e não é hiperativa, muito fácil. Mas vah foi só um desabafo pois existem sim crianças hiperativas mas também existem muitas crianças mais traquinas e mexidas a quem querem colar o rótulo... Enfim!!!

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

autoria Sandra P. às 13:10



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