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A terapia ocupacional recomenda algumas posturas para lidar com estas situações e tentar “ouvir” o que idosos nestas condições teriam para nos “dizer”, se pudessem.
1-Você sabe o que me faz sentir seguro, confiante e feliz? Um sorriso.
2- Quando você está tenso e nervoso faz me sentir tenso e nervoso também? Você já pensou nisso?
3- Em lugar de ficar me corrigindo tudo que faço, de um jeito que para mim é perfeitamente normal, mas que para você é completamente amalucado, porque não sorri para mim?Isto vai me ajudar a perceber que fiz algo errado. Eu fico inseguro quando tenho que fazer algo que sai da minha rotina.
4- Por favor, tente entender e lembrar que minha memória imediata, minha memória momentânea, que está se apagando – e não fale tão depressa, fale pausadamente e use frases curtas.
5- Sabe o que vou dizer se você entrar em longas explanações sobre porque eu deveria fazer algo? Eu vou lhe dizer “Não”, porque não consigo saber ao certo se você quer que eu faça alguma coisa de que eu gosto, ou que eu beba um remédio amargo. Assim, por segurança, eu acabarei dizendo “Não”
6- Desacelere. E não se precipite para cima de mim, falando e falando. Já disse antes que gosto de sorrisos?
7- Antes de derramar sua verborragia procure se certificar de que estou prestando atenção em você. Sabe o que acontece se você começa a despejar essa verborragia para cima de mim? Vai me confundir. E eu vou dizer “Não” – esteja certo disso.
8- Minha concentração e capacidade de prestar atenção não são tão boas quanto já foram um dia. Por favor, primeiro faça um contato olho no olho antes de começar a falar. Um sorriso simpático sempre prende minha atenção. Já disse isso antes?
9- Às vezes você fala comigo como se eu fosse uma criança ou um idiota. Como você se sentiria se eu fizesse isso com você? Pare, pense nisso e dê uma volta. E quando voltar, não precisa se desculpar, eu não vou mais me lembrar do que você está falando. Assim nos daremos bem por muito tempo, e provavelmente muito melhor do que pensa.
10- Acho que você fala demais – que tal, em lugar disso, me tomar pela mão e me conduzir. Eu preciso de um guia. de alguém que me transmita segurança e não de uma pessoa a me importunar o tempo todo. Eu não sou maluco. Eu tenho
Nota: Na imagem de capa, o fotógrafo argentino Alejandro Kirchuk, de 24 anos, registrou durante três anos o cotidiano dos seus avós maternos, após descobrir que a avó travava uma batalha contra o Alzheimer.
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